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Sexta, 10 Novembro 2023 09:08

FEBRE AFTOSA | Agulha Oficial em comunidades indígenas termina na próxima quinta-feira, 16 Destaque

Escrito por Elias Venâncio

A Agulha Oficial, campanha de vacinação contra febre aftosa no rebanho bovino das comunidades indígenas de Roraima, entra na reta final. Na próxima quinta-feira, 16, a equipe de vacinadores retorna para Boa Vista depois de trabalhar durante 45 dias na região das terras indígenas Raposa/Serra do Sol e São Marcos.

 

Cerca de 80% do trabalho já foi concluído, conforme informação do coordenador da Agulha e técnico do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), José Maria.

 

No município de Pacaraima foram 16.600 cabeças, em Uiramutã 13.600 e em Normandia a vacinação está em andamento.

 

Na Agulha Oficial, que é uma ação realizada entre Mapa, Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) e Governo de Roraima por meio da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), os vacinadores percorrem uma vasta extensão de campos que limitam em fronteira com a República da Guiana e a Venezuela.

 

São cerca de 300 comunidades visitadas, entre elas Santa Rosa, Curicaca, Xanadu, Nova Ilusão, dentre outras que abrigam mais de 49 mil cabeças de gado. O trabalho dos vacinadores é de fundamental importância para a manutenção da sanidade do rebanho bovino que circunda a fronteira do Estado.

 

“A Agulha Oficial completa 13 anos de trabalho neste ano. É um serviço feito pelo Governo em parceria com o Ministério da Agricultura e a Funai muito importante para imunizar os rebanhos nas comunidades indígenas de Roraima, o que ajuda a manter a sanidade dos rebanhos na região de fronteira e garante nosso status de área livre de febre aftosa com vacinação”, enfatizou o governador Antonio Denarium.

 

Trabalho de imunização conta com apoio de comunidades indígenas de Roraima

 

O trabalho de imunização é um processo árduo, que tem relevante ajuda das comunidades indígenas de Roraima, que ao longo do tempo têm avançado em estrutura e conscientização sobre a importância desse trabalho. “Hoje a participação deles é muito boa. No início tivemos dificuldade. Quando começamos, há 13 anos, era mais difícil a entrada por motivos de logística. Mas agora as comunidades entendem que é um trabalho necessário e são nossas parceiras”, lembrou o técnico do Mapa, José Maria.

 

A educação sanitária, feita pelo governo de Roraima, por meio de técnicos da Aderr, tem também contribuído muito para o crescimento da pecuária indígena, dando suporte necessário para o trabalho deles no manejo do gado.

 

“O governador Antônio Denarium tem sido um grande parceiro das comunidades indígenas, investindo muito nas ações que competem a Aderr, criando condições para que os técnicos da Agência possam desenvolver um trabalho de qualidade. As ações de educação sanitária são relevantes para a melhoria das estruturas físicas e da conscientização da importância da sanidade animal dos bovinos das comunidades”, ponderou o presidente Marcelo Parisi.

 

PECUÁRIA INDÍGENA

 

De acordo com historiadores, quando os indígenas trabalhavam nas fazendas locais na década de 1970, aprenderam o manejo com os bovinos, o que ajudou a criar uma cultura de criar os próprios animais. Com a saída dos fazendeiros dessas regiões, as comunidades assumiram os pastos e começaram a investir na pecuária, que é feita de forma comunitária.

 

Com aproximadamente 50 mil animais, o rebanho das comunidades indígenas tem crescido ao longo dos anos e a tendência é aumentar, pois eles estão cada vez mais se aperfeiçoando e melhorando técnicas, genética, estrutura física e compreendendo o valor da pecuária para a própria economia.

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